segunda-feira, 30 de março de 2009

Consultores: Projeto para a Conservação e Manejo dos Ecossistemas Brasileiros - PROECOS

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade abriu processo seletivo simplificado para a contratação de consultores referente ao Projeto para a Conservação e Manejo dos Ecossistemas Brasileiros - PROECOS - Projeto PNUD BRA/00/009
Maiores informações pelo link:

http://www.icmbio.gov.br/ChicoMendes/Editais/Edital00120091Revisto.pdf

quinta-feira, 26 de março de 2009

III Seminário Brasileiro sobre Seqüestro de Carbono e Mudanças Climáticas


O III Seminário Brasileiro sobre Seqüestro de Carbono e Mudanças Climáticas contará com a participação de especialistas no assunto, abordando o cenário das mudanças climáticas no Brasil, a matriz energética brasileira e sua vulnerabilidade frente às mudanças do clima, além dos desafios e oportunidades do sequestro e mercado de carbono no Brasil.

Especialistas renomados na área trarão as informações sobre as atualidades e perspectivas para geração de conhecimento, pesquisa e desenvolvimento.

O evento é destinado a professores, estudantes universitários, ONGs, empresários, consultores e representantes governamentais, assim como, a todos os interessados nos assuntos relacionados as mudanças climáticas.

http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2009/marco/07/5.html

terça-feira, 24 de março de 2009

Areia é roubada de rio no RS

Já não é novidade: rouba-se de tudo nas grandes cidades. Mas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), estão roubando areia. No Rio Jacuí, árvores estão tombando dentro da água e os bancos de areia, desaparecendo. Algumas empresas atuam nas proximidades das margens, onde é mais fácil o trabalho das dragas.
A areia extraída do rio é usada na construção civil. São milhares de metros cúbicos depositados todas as semanas por cerca de cem barcos, nas áreas próximas ao rio. Mas a própria fiscalização tem dificuldade de identificar o número de dragas que navegam no local.
Áreas de mineração são de responsabilidade da Polícia Federal, mas a pena é branda para quem retira areia de forma irregular dos rios brasileiros. “Dá uma sensação de impunidade para essas pessoas que estão praticando esse tipo de crime”, afirma Ildo Gasparetto, superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul.
A entidade que fiscaliza os danos ambientais tem apenas dez fiscais para todo o Rio Grande do Sul. A cada operação, um barco alerta o outro. “Os clandestinos param de fazer ali e vão fazer em outro lugar. É uma guerra sem glória, porque você não vai vencer isso nunca”, acredita o geólogo Ricardo Pessoa.
Fonte: G1

Revista Superinteressante

Os Editores da Revista Superinteressante, em um gesto incomum, liberaram para leitura e consulta, todo o conteúdo das edições antigas da revista, no período de 1988 a 2007.
Serve também para nossos filhos, netos, sobrinhos, etc. Não deixe de indicar a eles a leitura deste post! Com certeza uma rica fonte de material de pesquisa para trabalhos escolares e conhecimento geral.
É só clicar no Ano, escolher a Capa da Revista, e acessar todo o seu conteúdo.

http://super.abril.com.br/super2/superarquivo/

Macrodiagnóstico costeiro vai orientar políticas para o litoral brasileiro

O ministro do Meio ambiente, Carlos Minc, lançou nesta sexta-feira (20), na Decania do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a publicação Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil. No documento de 241 páginas estão contidas informações que vão orientar ações de planejamento territorial, conservação, regulamentação e controle dos patrimônios natural e cultural. Esta versão de diagnóstico costeiro inova em relação a outras já existentes porque agrega novos níveis e combinações de análise de impactos diretos e indiretos na costa brasileira.
Segundo o ministro Carlos Minc, esse estudo é fundamental para que se tenha uma dimensão da realidade do litoral brasileiro e será muito útil ara orientar na implementação de ações de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, como o inevitável aumento do nível do mar. "Vamos garantir que o desenvolvimento necessário não justifique a destruição ambiental", defendeu.
De acordo com Suzana Kahn, secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ), as informações contidas no documento poderão ser utilizadas como instrumentos de gestão do território, reunindo em escala nacional as características físico-naturais e socieconômicas da costa. "O macrodiagnóstico vai orientar ações de planejamento territorial, conservação, regulamentação e controle dos patrimônios natural e cultural e passa a ser um referencial teórico para diferentes segmentos da sociedade que atuam na zona costeira, além de apoio para elaboração de estudos e pesquisas", explicou a secretária da SMCQ. O macrodiagnóstico foi elaborado e organizado pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA.
Destinado a estados e municípios, a universidades e centros de pesquisa, a setores do petróleo e da pesca, entre outros, o macrodiagnóstico traz informações sobre geomorfologia, dinâmica populacional, potencial de risco natural, social e tecnológico. E ainda sobre a Zona Econômica Exclusiva (óleo e gás), e sobre a biodiversidade costeira e marinha.
O diretor do Departamento de Qualidade Ambiental, Rudolf de Noronha, informou que a publicação contém oito conjuntos completos de cartogramas que abrangem a costa brasileira do Oiapoque ao Chuí. "Cada um destes conjuntos traz um diagnóstico com cruzamento de informações, onde se apontam áreas prioritárias para atuação setorial, áreas suscetíveis a inundações e com potencial de risco natural, informações que poderão ser úteis no processo de adaptação às muanças o clima", disse.
Rudolf explica que o macrodiagnóstico costeiro permite a identificação das áreas costeiras e marinhas prioritárias para a conservação da biodiversidade, incluindo as ilhas oceânicas e que a publicação contém informações atualizadas sobre as unidades de conservação na zona costeira. "Procurou-se identificar dentro do diagnóstico as ações governamentais incidentes no espaço geográfico, como o Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), a implantação do Projeto Orla e a definição de índices de sensibilidade a derrames a óleo".
Costa brasileira - O objeto do diagnóstico, a costa brasileira possui uma área aproximada de 514 mil quilômetros quadrados voltados para o Oceano Atlântico. É um espaço geográfico de interação do ar, do mar e da terra, incluindo seus recursos ambientais. Abrange uma faixa marítima que se estende mar afora, até 12 milhas marítimas (22,2 km) das Linhas de Base estabelecidas de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, compreendendo a totalidade do mar territorial e uma faixa terrestre formada pelos municípios que sofrem influência dos fenômenos que ocorrem na costa.
Os municípios que fazem parte da costa brasileira são aqueles localizados defronte ao mar; os que se localizam nas regiões metropolitanas litorâneas; os contíguos às grandes cidades e às capitais que apresentam processo de conurbação; os próximos ao litoral, que estejam localizados até 50 quilômetros da linha da costa e que aloquem em seu território atividades ou infraestruturas de grande impacto ambiental sobre a zona costeira ou sobre ecossistemas de alta relevância.; os municípios estuarinos-lagunares, dada à relevância desses ambientes para a dinâmica marítimo-litorânea; e ainda as localidades que, mesmo não estando defronte ao mar, tenham todos os seus limites estabelecidos com os municípios referidos anteriormente.
Áreas com risco de inundações - O cruzamento de informações obtidas por meio do macrodiagnóstico permitiu aos organizadores do estudo obter dados ainda mais sofisticados a serem utilizados na definição de políticas públicas. Destinado excusivamente a pesquisadores e gestores, o documento aponta em seus conjuntos de mapas, as localidades que apresentam os maiores potenciais de risco natural, social e também tecnológico. Os graus de vulnerabilidade indicados pelo macrodiagnóstico vão de muito baixo a muito elevado.
Entre os segmentos costeiros da região Norte, apontados como de elevado risco natural - inundações, por exemplo-, estão a Foz do Rio Parnaíba. À questão do risco natural, soma-se a densidade populacional o que transforma quase todos os aglomerados urbanos da zona costeira em localidades propensas aos grandes riscos naturais. Entre elas, a Grande Salvador, as cidades de Valença, Ilhéus, Porto Seguro. A erosão costeira é outro risco natural que coloca o litoral capixaba e o norte fluminense entre locais de grande risco.
Na região de Macaé, aos elementos naturais somam-se um acentuado desenvolvimento urbano e a exploração petrolífera. Uma outra situação de grande risco é a de Marambaia (RJ), com baixa altitude, situações climáticas e oceanográficas e grandes inundações. A Baixada Santista é uma das que apresenta um elevado risco natural devido ao alto índice populacional e industrial. Segue na mesma circunstância os núcleos urbanos dolitoral sul. São todas elas localidades com alto grau de vulnerabilidade e que necessitam de uma ação de intervenção imediata.
As capitais de estado e as grandes cidades situadas no litoral quase todas apresentam grau elevado de risco social devido à ausência de esgotamento sanitário e de coleta de resíduos sólidos. A começar por Macapá (AP) no extremo Norte. À exceção das capitais estão entre as localidades com elevado risco social: Ananindeua (PA), Ubatuba (SP), São Vicente (SP), Joinville (SC) entre outras.
O risco tecnológico das localidades costeiras foi medido pelo potencial poluidor, devido à ocorrência de eventos danosos à vida, em curto, médio e longo prazos. Influi na qualificação de estar mais ou menos em risco tecnológico, a quantidade de indústrias, de termoelétricas e quanto ao tipo de combustível utilizado, entr outros. De acordo com o macrodiagnóstico, um dos trechos com maior risco tecnológico é o compreendido entre Santos (SP) e Macaé (RJ), com seus campos de extração de minérios, de terminais e dutos de petróleo e gás, usinas termoelétricas e até nucleares.
Essas áreas estão em risco constante de derramamento de óleo, de vazamento de gases, de efluentes tóxicos e até mesmo de acidentes nucleares. São também exemplo de localidades de elevado risco tecnológico o entorno do Recôncavo Baiano, a Bacia de Santos, Florianópolis.
ASCOM MMA

http://www.mma.gov.br/sigercom

Apenas 0,5% da zona marítima do Brasil é protegida, diz Minc

http://www.estadao. com.br/vidae/ not_vid342275, 0.htm
sexta-feira, 20 de março de 2009, 18:39 | Online

Ministro do Meio Ambiente fez afirmação durante lançamento do Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha Felipe Werneck, de O Estado de S. Paulo
RIO - Apenas 0,5% da zona marítima brasileira é protegida pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação, reconheceu nesta sexta-feira, 20, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante o lançamento do Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do País. O arquipélago de Fernando de Noronha (PE) e o parque de Abrolhos (BA) são exemplos de unidades protegidas que ficam na região, compreendida no limite de 12 a 200 milhas do litoral.
"A grande questão hoje é a prospecção e o levantamento geofísico no litoral, e o principal risco está ligado à exploração e ao transporte de petróleo", declarou o geógrafo Claudio Egler, responsável pela cartografia digital e pelo geoprocessamento da publicação. Segundo ele, a situação da área de corais do Nordeste - muito sensível ao aquecimento global - é "crítica". "Não adianta só criar áreas de preservação. Rotas de migração de baleias e golfinhos, por exemplo, deveriam ter mais controle", avaliou o professor da UFRJ.
Egler definiu Abrolhos como "zona de conflito", por conta do potencial petrolífero da região. "Vamos criar mais unidades de conservação marítimas e ampliar a zona de amortecimento no entorno de Abrolhos", afirmou Minc, sem detalhar as medidas. Segundo ele, não serão permitidas "novas coisas de petróleo e porto em áreas muito sensíveis". "Não serei o carimbador de licenças indiscriminadas nem o que vai travar o desenvolvimento do País. É possível as duas coisas: mais rigor e mais prevenção", argumentou.
O capítulo Potencial de Risco Natural do livro mostra que 55% dos desastres naturais que atingiram o Brasil de 1948 a 2006 estiveram relacionados com inundações fluviais e/ou avanços do mar. Movimentos de terra vieram em seguida, responsáveis por 13% dos eventos. O trabalho, de 241 páginas em formato de atlas, é uma atualização de outro semelhante, de 1996. A zona marítima foi incluída na edição mais recente. "O Brasil mudou muito nesse período, principalmente por causa da exploração de petróleo e gás cada vez mais longe da costa. A possibilidade de eventos críticos vai aumentar com o pré-sal. O risco de acidentes é sério quando há perfurações em alta profundidade" , avaliou Egler.
Ele cita como pontos de risco potencial o entorno da Baía de Guanabara e a região de Itaguaí e de Campos, no Rio. O geógrafo lembra que eventuais ações em áreas costeiras devem ser compartilhadas pelos governos federal, estadual e municipal. "Há necessidade de articulação. É diferente da Amazônia, onde tudo fica na mão do governo federal." Problemas na zona costeira são provocados principalmente por falta de saneamento básico e de coleta de lixo. Ele criticou o fato de o Rio ainda não ter um zoneamento costeiro. "Parte de São Paulo e o litoral norte já têm há algum tempo medidas de preservação mais estruturadas. " Sobre a zona marítima, Egler reconheceu que não há muitos estudos. "O Atlântico Sul é o menos conhecido dos oceanos. Para ter soberania, tem que conhecer. E não adianta o Brasil proteger e a Argentina, por exemplo, destruir. Deve haver uma política internacional. "
Minc anunciou a criação, até o fim do mês, de uma reserva com 300 mil hectares no Sul da Bahia que incluirá faixa marítima. Segundo ele, será concluído em 2010 estudo sobre a "sensibilidade e vulnerabilidade do litoral ao óleo", que deverá apontar áreas onde não poderia ser instalada, por exemplo, uma refinaria. "Se já houvesse um estudo como esse no passado, não haveria um terminal na frente da Ilha Grande (RJ)." O ministro disse que preservará mais áreas de mangue, dunas e ampliará para outras espécies projetos de proteção como o Tamar (tartarugas) e o Baleia Jubarte. "A natureza se vinga, como se viu em Santa Catarina. A combinação de evento climático extremo com lambança ambiental dá no que deu", disse Minc. "Tenho grande preocupação com o litoral. Não queremos chorar o óleo derramado. Para prevenir, o Macrodiagnóstico é um caminho para as autoridades seguirem no planejamento do litoral."
Minc também afirmou que assinará em abril portaria para alterar os procedimentos de licenciamento de termelétricas. Com a medida, esses empreendimentos serão obrigados a compensar as emissões de CO2 com, por exemplo, plantio de árvores ou investimento em energia eólica. "Só será concedida licença de instalação das térmicas de óleo e carvão se o empreendedor fizer abatimento das emissões", declarou. Há 9 meses no cargo, Minc fez, em discurso, crítica indireta a antecessores. "O Brasil não tinha planos, nem metas, nem Fundo Amazônia. Agora, temos. Passou a ser considerado um País que tem proposta." Ele voltou a afirmar que concluirá o zoneamento econômico ecológico da Amazônia até o fim do ano.

Nível do mar e ação do homem ameaçam populações costeiras

Mesmo que não se confirmem, previsões de Macrodiagnóstico exigem intervenção imediata
Estudo do Ministério do Meio Ambiente, lançado na segunda-feira (20) no Rio, pelo ministro Carlos Minc, traz à tona, desta vez com dados concretos, o alerta de que o aumento do nível do mar e a ocupação desordenada já ameaçam as populações e a biodiversidade em várias regiões da costa brasileira.
O cruzamento de informações obtidas pelo estudo, que recebe o nome de Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil, permitiu aos organizadores obter e analisar dados que poderão ser utilizados em casos de ações imediatas de intervenção, visando o planejamento e ordenamento dos espaços mais vulneráveis, mesmo que previsões não se confirmem.
O documento, elaborado pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, mapeia as localidades que apresentam os maiores potenciais de risco natural, social e tecnológico, em graus de vulnerabilidade que vão de muito baixo a muito elevado. Entre os segmentos costeiros da região Norte, por exemplo, são apontados como de elevado risco natural a Foz do Rio Parnaíba, sujeita a inundações. À questão do risco natural, soma-se a densidade populacional o que transforma quase todos os aglomerados urbanos da zona costeira em localidades propensas aos grandes riscos naturais. Entre elas, regiões densamente povoadas como a Grande Salvador, as cidades de Valença, Ilhéus, Porto Seguro, na Bahia.
A erosão costeira é outro risco natural que coloca o litoral capixaba e o norte fluminense entre locais de grande risco. Na região de Macaé, no estado do Rio, elementos naturais de risco somam-se à um acentuado desenvolvimento urbano e à exploração petrolífera. Outra situação de risco em grau elevado é a de Marambaia, também no litoral fluminense, com baixa altitude, situações climáticas e oceanográficas adversas, que podem ocasionar grandes inundações. Em São Paulo, a Baixada Santista também é área de elevado risco natural devido ao alto índice populacional e industrial. Segue na mesma circunstância os núcleos urbanos o litoral sul. São todas elas localidades com alto grau de vulnerabilidade e que necessitam de uma intervenção imediata.
Todas as capitais estaduais litorâneas apresentam grau elevado de risco social devido à ausência de esgotamento sanitário e de coleta de resíduos sólidos. A começar por Macapá (AP) no extremo Norte. À exceção das capitais estão entre as localidades com elevado risco social: Ananindeua (PA), Ubatuba (SP), São Vicente (SP), Joinville (SC) entre outras.
Já o risco tecnológico determina o potencial poluidor de atividades industriais que podem causar eventos danosos à vida, em curto, médio e longo prazos.
Estudo ajudará a combater os efeitos das mudanças climáticas no litoral

O Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha é um estudo fundamental para que se tenha uma dimensão da realidade do litoral brasileiro e será muito útil para orientar na implementação de ações de mitigação dos efeitos das mudanças climátias, como o inevitável aumento do nível do mar. A avaliação é do ministro Carlos Minc. Segundo ele, "vamos garantir que o desenvolvimento necessário não justifique a destruição ambiental".
Para Suzana Kahn, secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ), as informações contidas no documento poderão ser utilizadas como instrumentos de gestão do território, reunindo em escala nacional as características físico-naturais e socioeconômicas da costa. "O macrodiagnóstico vai orientar ações de planejamento territorial, conservação, regulamentação e controle dos patrimônios natural e cultural e passa a ser um referencial teórico para diferentes segmentos da sociedade que atuam na zona costeira, além de apoio para elaboração de estudos e pesquisas", explicou .
Destinado a estados e municípios, a universidades e centros de pesquisa, a setores do petróleo e da pesca, entre outros, o macrodiagnóstico traz informações sobre geomorfologia, dinâmica populacional, potencial de risco natural, social e tecnológico. E ainda sobre a Zona Econômica Exclusiva (óleo e gás), e sobre a biodiversidade costeira e marinha.
A publicação contém oito conjuntos completos de cartogramas que abrangem a costa brasileira do Oiapoque ao Chuí. "Cada um destes conjuntos traz um diagnóstico com cruzamento de informações, onde se apontam áreas prioritárias para atuação setorial, áreas suscetíveis a inundações e com potencial de risco natural, informações que poderão ser úteis no processo de adaptação às mudanças o clima", explica o diretor do Deprtamento de Qualidade Ambiental do MMA, Rudolf de Noronha.

sexta-feira, 20 de março de 2009

CBO 2010

A Associação Brasileira de Oceanografia – AOCEANO e a Universidade Federal do Rio Grande – FURG anunciam a quarta edição do Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO’2010), que será realizada entre os dias 18 e 22 de maio de 2010 no Centro Integrado de Desenvolvimento Oceânico e Costeiro - CIDEC-Sul, Campus Carreiros, na cidade do Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

Anunciam também as festividades de comemoração dos 40 anos de ensino de graduação em Oceanografia no Brasil, que teve início com a criação do curso de Oceanologia da FURG em 1970.

Informam, ainda, que a V Feira Técnico-Científica Brasil Oceano será realizada em paralelo com o CBO’2010. Participe da quarta edição do Congresso Brasileiro de Oceanografia - CBO’2010 e venha conhecer o que a cidade de Rio Grande oferece àqueles que se dedicam ao conhecimento e desenvolvimento das ciências marinhas. Venha descobrir porque a FURG é considerada uma das principais instituições dedicadas ao ensino e à pesquisa da Oceanografia, e totalmente dedicada a gestão dos Ecossistemas Costeiros.

site http://www.cbo2010.com/

Foto no lançamento oficial

quarta-feira, 18 de março de 2009

CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSOR ADJUNTO UFPE - Oceanografia Química

1 – ÁREA DO CONCURSO: Oceanografia Química: Propriedades Químicas da Água do Mar e Interações Químico-Biológicas/Geológicas das Substâncias Químicas da Água do Mar.
2 – TITULAÇÃO MÍNIMA / PERFIL DO CANDIDATO: Livre-Docente ou Doutor em Oceanografia, Química, Geociências, ou em Áreas Afins. Graduação em Oceanografia, Química ou em Áreas Afins.
3 – NÚMERO DE VAGAS: 1 (uma), sendo os candidatos aprovados, considerados habilitados ao cargo em ordem classificatória.
4 – INSCRIÇÃO: O Concurso far-se-á para o Departamento de Oceanografia, área Oceanografia Química, devendo o candidato demonstrar conhecimentos específicos sobre o Programa constante deste Edital. A admissão está condicionada unicamente para o Regime de Dedicação Exclusiva (DE).
http://www.proacad.ufpe.br/

CONCURSO PÚBLICO PARA PROFESSOR ADJUNTO UFPE - Oceanografia Física

1 – ÁREA DO CONCURSO: Oceanografia Física: Modelagem Matemática de Processos Oceanográficos e Interação oceano-atmosfera.
2 – TITULAÇÃO MÍNIMA / PERFIL DO CANDIDATO: Livre-Docente ou Doutor em Oceanografia, Geociências, ou em Áreas Afins. Graduação em Oceanografia, Engenharias ou em Áreas Afins.
3 – NÚMERO DE VAGAS: 02 (duas), sendo os candidatos aprovados, considerados habilitados ao cargo em ordem classificatória.
4 – INSCRIÇÃO: O Concurso far-se-á para o Departamento de Oceanografia, área Oceanografia Física, devendo o candidato demonstrar conhecimentos específicos sobre o Programa constante deste Edital. A admissão está condicionada unicamente para o Regime de Dedicação Exclusiva (DE).
http://www.proacad.ufpe.br/

Robô encontra na Antártida pistas do aumento do nível dos mares

Um submarino robô revelou pistas para o aumento no nível dos oceanos ao fazer incursões profundas numa plataforma de gelo na Antártida, disseram cientistas na terça-feira (16).
Foi a primeira inspeção feita pelo submarino de 7 metros no lado inferior da plataforma localizada perto da geleira de Pine Island. O robô estava numa missão norte-americana e britânica.
"Como se conhece tão pouco sobre o comportamento do manto de gelo, esta pesquisa nos levará a um passo adiante na compreensão de como os mantos de gelo contribuirão para o aumento no nível dos oceanos", disse em um comunicado Stan Jacobs, o principal cientista norte-americano, da Columbia University.
O nível dos oceanos do mundo poderia subir até cerca de 5 metros se o gelo da Antártida Ocidental, incluindo a geleira de Pine Island, derreter, afirmou ele. Especialistas temem que o aquecimento global possa deflagrar o degelo.
A geleira de Pine Island é a que se move com mais rapidez na Antártida, e seu deslocamento em direção ao oceano está se acelerando. Ela joga mais água ao oceano que o rio Reno, da Europa, e acrescenta cerca de 0,25 milímetros por ano ao nível dos oceanos do planeta.
Em seis viagens de até 70 quilômetros dentro da cavidade, e após sobreviver a uma colisão com o gelo, o "Autosub", que funciona com bateria, tomou medidas do gelo com sonares e estudou a salinidade da água como parte de uma viagem de pesquisa de 53 dias este ano. No total, o submarino percorreu 500 quilômetros.
Uma mudança pouco compreendida nas correntes oceânicas pode estar levando mais água e derretendo o gelo a partir de baixo, disseram cientistas. Não se sabe se essas alterações estão relacionadas à mudança climática.
"Minha hipótese é a de que mais água parece estar vindo em direção à geleira, muito mais do que um aumento na temperatura da água", afirmou Adrian Jenkins, o principal cientista britânico, do British Antarctic Survey. (Fonte: Estadão Online)

Educação Social: Perspectivas e Processos

Pós-Graduação - Especialização (360h)
Curso de Pós-graduação, nível de Especialização, voltado para a Educação Social. O curso será dimensionado sob três Eixos Temáticos. O primeiro eixo contemplará os fundamentos da Educação Social abordando as bases constituintes das ciências humanas através de estudos filosóficos, históricos, sociológicos e ecológicos. O segundo eixo discorrerá sobre os processos através dos quais a Educação Social se manifesta produzindo conhecimento e construindo significados. Por fim, o terceiro eixo abordará as práticas propriamente ditas evidenciando métodos e dinâmicas de aplicação.
O curso trata de ações educativas que elevem a qualidade das relações pessoais, grupais, laborais e gestoras. O educador social propõe intervenções educativas em contextos diversos com ênfase nos valores humanos e na ação pessoal e coletiva beneficiando pessoas, grupos e setores da economia. Dirigido para: Educadores, Assistentes Sociais, Agentes de animação comunitária, Religiosos(as), Gestores e profissionais que atuam na área da assistência social, educação e saúde
Objetivo Geral
Especializar profissionais para atuarem em programas e projetos de educação social, em âmbito local, regional e federal.
Objetivos Específicos
Aprofundar os conhecimentos teóricos e vivenciais necessários à compreensão dos processos de mudança no campo da Educação Social.
Identificar e reconhecer o lugar que ocupam trabalho, saúde, educação e lazer na constituição e consciência política nas práticas sociais.
Formular, implementar e supervisionar programas e processos sócio-educativos.

A formação especializada em Educação Social consiste na qualificação de profissionais das Ciências Humanas, Sociais e da Saúde para atuarem na mediação de movimentos sociais em contextos individuais e coletivos tão diversos quanto singulares possam ser suas estruturas internas e meta-redes.
O corpo docente do curso é composto por mestres e doutores com vivências na área.
Coordenador do Curso: Profº Dr. Vanderlei Brusch de Fraga
Representante da Sociedade Iberoamericana de Pedagogia Social - SIPS no Brasil
Coordenador Geral de Pós-Graduação: Profº Dr. Júlio César da Rosa Machado
O curso desenvolver-se-á ás sextas-feiras no turno da noite e sábados pela manhã e tarde, no período indicado.
AS AULAS INICIAM 17 DE ABRIL DE 2009.
INSCRIÇÕES ABERTAS
TURMAS COM VAGAS LIMITADAS
Fone: (51) 3488-1991 - Fax: (51) 3488-5595
Contatos com Jucélia e Daniela (R.9336)
e-mail: comercial@facensa.com.br
Av. José Loureiro da Silva, 1991 - 94.010-001 - Gravataí/RS

sábado, 14 de março de 2009

Lixo no mar - e agora?


Todas as atividades humanas produzem resíduos, que quando perdem valor são jogados fora, e passam a representar um grande problema para a sociedade. A imensa quantidade de lixo produzida todos os dias no mundo está se tornando cada vez mais um dilema, a ponto de ter se tornado um assunto comum nos meios de comunicação. Os problemas causados pelo lixo nos grandes centros urbanos - como entupimento de redes de coleta de água pluvial, ambiente para a proliferação de organismos vetores de doenças (ratos, baratas), ocupação de espaço - são conhecidos por grande parte da população com acesso à informação. Mas e o que acontece nos oceanos?
Por muitos anos os oceanos foram considerados “sumidouros” dos nossos resíduos, e de certa forma ainda existe a idéia de que podemos esconder nossos problemas no fundo do mar. De lixo nuclear a copos descartáveis, todo tipo de lixo chega no ambiente marinho de alguma forma. Esse lixo pode gerar uma série de problemas, como ferimentos em seres humanos e animais marinhos através do enredamento em redes de pesca descartadas, ingestão de fragmentos plásticos, cortes e perfurações. Organismos exóticos presos a fragmentos de plásticos podem ser introduzidos em locais distantes da sua distribuição natural quando o lixo é levado pelos ventos e correntes. Dependendo da quantidade de lixo, também pode haver perdas econômicas devido ao detrimento do valor estético de praias.
Existem vários estudos sobre o problema do lixo marinho em praias, mas ainda é preciso entender como esse lixo se distribui e se comporta em outros ambientes marinhos, como recifes costeiros. Na costa de Pernambuco, a contaminação por lixo marinho nos recifes e naufrágios utilizados para a prática de mergulho não é alarmante. AINDA. É preciso que o problema de lixo marinho seja mais discutido entre os apreciadores do mar, para que esse assunto ganhe força e seja combatido por todas as pessoas. Não é preciso haver o problema para haver discussão. O ideal é que o assunto seja debatido e formas de prevenção sejam criadas. A percepção de um problema aumenta conforme expande o conhecimento sobre a questão. Um mergulhador mais observador e informado irá perceber que aquela pedra não é uma pedra, mas sim um tijolo coberto por algas; que aquele pedaço de ferro pode estar coberto por algas e servindo de habitat para vários organismos, mas continua sendo um resíduo de alguma atividade humana. Recifes artificiais possuem uma série de benefícios, mas é preciso haver cuidado para que o fundo do mar não seja indefinidamente coberto por estruturas de ferro e concreto.
Todos os ambientes do nosso planeta estão interligados, por isso qualquer atitude que tomamos em um grande centro urbano irá influenciar um ambiente recifal a milhares de quilômetros de distância. A ação básica que deve ser tomada é a redução da quantidade de lixo produzido, além de ações de conscientizaçã o sobre a problemática do lixo no planeta. Se continuarmos não dando a devida atenção a esse assunto, vamos acabar vivendo e mergulhando em uma grande lixeira!

Texto: Ângela Spengler
Foto: Monica Costa
Texto publicado no informativo eletrônico da revista Deco Stop

quinta-feira, 12 de março de 2009

Veículo porta-sensores acionado por ondas ajuda a monitorar aquecimento global

http://www.ecodebate.com.br/2009/03/04/veiculo-porta-sensores-acionado-por-ondas-ajuda-a-monitorar-aquecimento-global/

Em 2005, dois engenheiros do Vale do Silício, Joe Rizzi e Roger Hine, começaram a construir um aparelho que permitiria que ouvissem os chamados das baleias corcundas, da casa de férias de Rizzi em Puako, na Ilha Grande do Havaí.
O que a empresa deles, a Liquid Robotics, criada dois anos atrás, terminou por produzir foi o Wave Glider, um veículo que não só permitirá que escutem as baleias mas também pode se tornar uma ferramenta poderosa que ajudará cientistas a compreender melhor a mudança do clima e que as forças armadas monitorem o alto mar. Matéria do The New York Times.
“Trata-se de um desdobramento transformador”, disse Jim Bellingham, vice-presidente de tecnologia do Instituto de Pesquisa do Aquário da Baía de Monterey. “Eu gostaria de ser o inventor”.
O Wave Glider é um veículo porta-sensores que se move pelo oceano propelido integralmente pela energia das ondas. O propulsor do aparelho tem cerca de 1,5 metro de comprimento e fica 6,5 metros abaixo da superfície, preso a uma plataforma flutuante de instrumentos equipada com sensores e conexão com um centro de comando.
Rizzi, presidente do conselho da Liquid Robotics, diz que o aparelho poderia registrar observações oceânicas e atmosféricas de longo prazo e de longo alcance de maneira até agora impossível.
Os cientistas utilizam diversas técnicas para registrar as condições atmosféricas e da superfície do mar. “Mais de 80% do calor que chega ao sistema climático vai para o oceano”, diz Dean Roemmich, professor de oceanografia no Instituto Oceanográfico Scripps. “Medir a temperatura do oceano é a melhor maneira de medir o aquecimento global”.
Cada método tem suas limitações. As condições meteorológicas e a distância limitam o trabalho dos satélites, e as bóias são dispendiosas e estacionárias.
O veículo tem custo operacional desprezível, diz Tim Richardson, vice-presidente de operações da Liquid Robotics. Pode ser colocado em ação da costa, por duas pessoas, e controlado via satélite por meio de uma interface de Internet. A energia das ondas tem custo zero, e os painéis solares instalados na plataforma de superfície acionam os sistemas sensores, de comando e de controle do aparelho. Baterias oferecem um sistema de reserva com autonomia de até 10 dias.
Richardson se recusou a informar quanto custaria um Wave Glider produzido em escala industrial.
O conceito do aparelho foi desenvolvido anos atrás, quando Rizzi ancorou um hidrofone, abrigado em uma caixa impermeável, nos baixios do oceano durante a temporada de inverno das baleias no Havaí. Em lugar de registrar os expressivos chamados das baldeias corcundas, diz Rizzi, “eu ouvia o som de bacon sendo frito”. Camarões que vivem perto da costa e atordoam suas vítimas com ondas sonoras geradas pelo estalido de suas garras emitiam sons muito mais intensos que os das baleias.
Rizzi tentou instalar seu hidrofone em águas mais tranquilas e distantes da costa, a centenas de metros de profundidade, mas o mar bravio destruía a aparelhagem. “Precisávamos de uma bóia capaz de ficar no lugar sem âncora”, disse ele, acrescentando que “fundamentalmente, era um problema de energia”.
Ele convocou Hine, especialista em robótica cuja especialidade são os semicondutores. Com pouca experiência em engenharia marítima, Hine decidiu abordar o problema como alguém que desconhece o setor.
“O conceito de explorar a energia das ondas não é novo”, disse Justin Manley, presidente do Comitê de Veículos Marítimos Não Tripulados da Sociedade de Tecnologia Marítima. “Mas a perspectiva tradicional é a de converter em eletricidade a energia das ondas”. Em lugar disso, o aparelho converte, de forma passiva, a energia das ondas em empuxo de movimento. “Creio que o sucesso de Roger se deve ao fato de que ele não se deixou limitar pelo pensamento convencional”.
O design é simples. Quando a bóia de superfície sobe com as ondas, ela puxa para cima o planador. Quando ela cai, o mesmo acontece com o planador submerso. A água que passa pelas asas do planador permite que ele se movimente horizontalmente enquanto sobe e desce, e um leme de cauda controla a direção do deslocamento. Viajando em um ziguezague estreito, ele pode se movimentar contra a direção das ondas e dos ventos com velocidades de até dois nós.
Os cientistas utilizam planadores submarinos propelidos por baterias para observar o oceano, mas esses aparelhos tiram medidas verticais na coluna de água que ocupam, até profundidades de milhares de metros; já o Wave Glider registra as condições de superfície.
Existem também outros esforços para fazer com que os planadores de movimento vertical extraiam energia do oceano. Em abril de 2008, a Teledyne Webb Research, de Massachusetts, concluiu um vôo de teste de quatro meses e 2.999 quilômetros com um planador térmico que utilizava os gradientes de temperatura do oceano para se propelir pela coluna de água até profundidades de 1,2 quilômetros.
A maior viagem do Wave Glider foi de cerca de 5,5 mil quilômetros em cinco meses. Em janeiro, um planador concluiu uma viagem de nove dias e 615 quilômetros em torno da Ilha Grande do Havaí, enfrentando mares bravios. O objetivo, diz Hine, é construir um aparelho capaz de se manter no mar por um ano.
A Administração Nacional da Atmosfera e Oceano (NOAA) está procurando financiamento para testes em larga escala do aparelho, diz Chris Meinig, diretor de engenharia do Laboratório Ambiental Marinho do Pacífico, uma unidade da agência, sediado em Seattle. Ela planeja usar o aparelho para determinar a extensão da alta na presença oceânica do dióxido de carbono, um gás que aprisiona calor e é gerado pela queima de combustíveis fósseis.
A Agência de Pesquisa Avançada de Projetos de Defesa (Darpa) também apelou, em 2004, por um aparelho oceânico capaz de se mover e de manter posição como o planador faz, e equipado com sensores para detectar coisas como submarinos.
Jan Walker, porta-voz da Darpa, diz que a agência abandonou o projeto depois de alguns testes iniciais (que não incluíam o Wave Glider), mas no ano passado a Liquid Robotics assinou contrato com o governo para testar e avaliar planadores oceânicos, ainda que Richardson não informe qual é a agência envolvida.

Tradução: Paulo Migliacci
* Matéria [Wave-Powered Monitor Is Moving Beyond Listening to Whales] do The New York Times, de 24/02/2009, no Terra Notícias, 28 de fevereiro de 2009 • 18h49 • atualizado às 18h49

Consultor: Oficial de Projeto

A Embaixada Britânica contrata Consultor: Oficial de Projeto
Contratação de oficial de projeto temporário para apoiar na implementação do projeto “Investimentos Públicos e Mudanças Climáticas”, através do gerenciamento de suas atividades. O projeto será desenvolvido em parceria com Ministério do Meio Ambiente e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
O candidato deverá ter pós-graduação em ciências econômicas, economia ambiental ou tema relacionado. Estudo/especializaçã o em mudanças climáticas é desejável. Mínimo de 5 anos de experiência profissional em gerenciamento e assessoria de projetos de meio ambiente. Fluência em inglês (escrita e leitura) necessária.
Duração: Pelo período de 3 meses, preferencialmente a partir de 23 de março de 2008. Possibilidade de renovação.
Jornada de trabalho: 40 horas/semana.
Valor máximo mensal: R$ 8.000,00
Data limite para inscrição: 13/03/2009
Favor encaminhar CV para o e-mail: pnuma.brasil@ pnuma.org, informando no assunto: Projeto “Investimentos Públicos e Mudanças Climáticas”

Maiores detalhes e termo de referências no seguinte link:
http://ukinbrazil. fco.gov.uk/ en/our-offices- in-brazil/ working-for- us/current- vacancies/ brasilia/ consultor- oficial-projeto

Revista Atlântica

Prezados Senhores:

Temos a grata satisfação de comunicar de que se encontra disponível no site abaixo, a versão eletrônica da Revista Atlântica volume 6, número 2, de 2008. Estão disponíveis em arquivos PDF, os nove artigos selecionados para este número. Breve, também estarão disponíveis na versão impressa.

www.lei.furg.br/atlantica

Cordialmente
Comitê Editorial

quarta-feira, 11 de março de 2009

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Balneário Camboriú (SC), 04 de março de 2009.

A Diretoria Nacional da Associação Brasileira de Oceanografia – AOCEANO, de acordo com o disposto no Capitulo I, Art. 15 e Capítulo III, Titulo IV, Art. 39, dos seus Estatutos, e conforme deliberação tirada da última Assembléia Geral Ordinária realizada em Fortaleza (CE), vem convocar seus sócios para a Assembléia Geral Extraordinária Convocatória das Eleições Gerais, a ser realizada no dia 03 de abril de 2009, sexta-feira, em primeira chamada, às 19:00 horas, na sede da AOCEANO, situada à rua 1500, número 710, sala 02, Bairro Centro, Balneário Camboriú (SC), para discutir e deliberar sobre a pauta que segue:

- Convocação das Eleições Gerais (Diretoria Nacional e Conselho Diretor) para o mandato de 2009-2011;

- Escolha da Comissão Eleitoral responsável pelo processo eleitoral das Eleições Gerais;

- Oferecer informações sobre o quadro social;

- Assuntos Gerais.

Reiteramos a importância da participação dos associados para a deliberação dos assuntos de interesse da AOCEANO.

Fernando Luiz Diehl
Presidente AOCEANO
Tel e fax (47) 3367-2202 aoceano@aoceano.org.br /www.aoceano.org.br

ANTAQ, SEP e BNDES firmam acordo para desenvolver portos brasileiros

A ANTAQ, a Secretaria Especial de Portos (SEP) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram um acordo de cooperação técnica para realização de estudos técnicos com o objetivo de desenvolver e modernizar os portos marítimos brasileiros. O termo tem vigência de cinco anos, a contar da data da publicação no Diário Oficial da União. A publicação ocorrerá em breve e será feita pelo BNDES.
A ideia da cooperação é avaliar a situação atual dos portos. Além disso, pretende-se elaborar e analisar um conjunto de propostas de políticas públicas para o curto, médio e longo prazos para o desenvolvimento do setor portuário marítimo brasileiro.
O termo de cooperação técnica traz as atribuições da ANTAQ, SEP e BNDES. Entre as atribuições da Agência e da SEP estão: fornecer ao BNDES informações e documentos necessários à execução das atividades de cooperação técnica; aprovar os estudos resultantes do termo; e acompanhar, desde o início e continuamente, as atividades de cooperação técnica.
Entre as atribuições do BNDES estão: coordenar o apoio técnico e financeiro de todas as atividades relacionadas à elaboração e à conclusão dos estudos; prestar todas as informações que venham a ser solicitadas pela SEP e pela ANTAQ; e prestar, diretamente ou através de terceiros contratados com essa finalidade, o apoio técnico especializado necessário à preparação dos estudos.
No acordo, há, também, os nomes dos representantes das entidades para gerir o termo. Pela ANTAQ, o escolhido foi o gerente de Regulação Portuária da Superintendência de Portos, Fernando Fonseca. Pela SEP, o representante será o secretário adjunto, José di Bella Filho. Já pelo BNDES, o representante será o superintendente da Área de Estruturação de Projetos, Henrique Amarante da Costa Pinto.
Confira o Termo na íntegra (clique aqui).

segunda-feira, 9 de março de 2009

Convite

V CONGRESSO SOBRE PLANEJAMENTO E GESTÃO DAS ZONAS COSTEIRA DOS PAÍSES DE EXPRESSÃO PORTUGUESA

30 de Setembro a 2 de Outubro de 2009
Santa Catarina, Brasil

Mais informações:
http://www.coastgis.com.br/czcpp/index.php

Contacto: contato@coastgis.com.br.
Nota: Termino da submissão de resumos: 30 de abril de 2009

Livro: POLUIÇÃO MARINHA

Autor(es): Baptista Neto, Wallner-Kersanach & Patchineelam

A população mundial encontra-se localizada preferencialmente nas áreas costeiras. Com o crescimento desordenado nestas áreas, a quantidade e a diversidade das substâncias descartadas no ambiente marinho, junto aos grandes centros urbanos, têm excedido a capacidade natural de diluição, dispersão e depuração destes poluentes, levando a degradação ambiental das áreas costeiras a todos os oceanos.
Esta é uma obra pioneira, editada em língua portuguesa, cujas temáticas são frutos da experiência de um grande grupo de pesquisadores atuantes, voltados para o ensino de graduação e pós-graduação neste ramo da Oceanografia. O livro apresenta os principais problemas relacionados à poluição marinha utilizando-se de exemplos internacionais e brasileiros.

ISBN: 9788571932067

1a. edição , 2008
Formato: 18x25cm , Brochura - 412 páginas
Peso: 850g

Valor: R$ 105,00
http://www.editorai nterciencia. com.br/default. aspx?code= 13&item=299

Oceanolografos incluidos no Catálogo Brasileiro de Ocupações

Conforme solicitação formalizada pela AOCEANO em 2007 o Ministério do Trabalho e Emprego incluiu a ocupação de OCEANÓGRAFO - OCEANÓLOGO no Catálogo Brasileiro de Ocupações, na FAMÍLIA de GEÓLOGOS, OCEANÓGRAFOS, GEOFÍSICOS E AFINS.

Para Conferir: www.mtecbo.gov.br

2134 :: Geólogos, oceanógrafos, geofísicos e afins

2134-05 - Geólogo
2134-10 - Geólogo de engenharia
2134-15 - Geofísico
2134-20 - Geoquímico
2134-25 - Hidrogeólogo
2134-30 - Paleontólogo
2134-35 - Petrógrafo
2134-40 - Oceanógrafo - Oceanólogo

Descrição sumária
Realizam levantamentos geológicos e geofísicos coletando, analisando e interpretando dados, gerenciando amostragens, caracterizando e medindo parâmetros físicos, químicos e mecânicos de materiais geológicos, estimando geometria e distribuição espacial de corpos e estruturas geológicas, elaborando mapas e relatórios técnicos e científicos. Prospectam e exploram recursos minerais, pesquisam a natureza geológica e geofísica de fenômenos, efetuam serviços ambientais e geotécnicos, planejam e controlam serviços de geologia e geofísica. Podem prestar serviços de assessoria e consultoria.

sexta-feira, 6 de março de 2009

I Workshop Internacional "Sustentabilidade Sócio-ambiental da bacia da Lagoa Mirim"

A Agência de Brasileira de Cooperação – ABC coordenou em Setembro de 2006 uma missão oficial a Montevidéu (Uruguai), com representantes de diversas entidades públicas Brasileiras e suas contrapartes Uruguaias, na tentativa de elaborar projetos de cooperação técnica entre ambos países.
Três projetos foram direcionados para a bacia da Lagoa Mirim, um sobre Sistemas de Informação Geográfica e outro sobre Educação Ambiental, ambos sob responsabilidade da Universidade de Brasília junto ao Programa de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável dos Banhados do Leste - PROBIDES (Rocha, Uruguai) e um terceiro, relacionado aos impactos ambientais por sistemas produtivos de terras baixas, sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, Unidade Clima Temperado, junto ao Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária – INIA, Unidade Treinta y Tres (Uruguai).
A Lagoa Mirim é um corpo de água doce binacional com espelho d’água de aproximadamente 3.850 km2, cuja bacia abrange 55.271 km2 (45% no Brasil), envolvendo quatro departamentos (Uruguai) e 21 municípios (Brasil), atividades agropecuárias principais baseiam-se no cultivo de arroz irrigado e na pecuária, que compartilham o espaço físico com ecossistemas frágeis como os banhados, as pradarias, os palmares, as praias e a restinga.
Como forma de encerramento dos três projetos, será organizado um evento integrado e aberto às diversas entidades com atuação na região.

Data: De 20 à 22 de maio de 2009
Local: Embrapa Clima Temperado – Pelotas, RS

quinta-feira, 5 de março de 2009

Aula Inaugural - Educação Gaia

Peixe para hoje e para sempre

Pela primeira vez no Brasil, um guia informa pescadores e consumidores sobre a necessidade de produção e consumo consciente de pescados
Desde dezembro de 2008, pescadores, comerciantes e consumidores da Baixada Santista (SP) estão tomando contato com o “Guia de Consumo Responsável de Pescados”. Idealizado e criado pelos pesquisadores e estudantes das Faculdades de Oceanografia, Ciências Biológicas e Biologia Marinha do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), o primeiro catálogo brasileiro enumera com nomes populares as espécies mais comumente consumidas no país, além de dividi-los em categorias de alerta de extinção, cada uma delas acompanhada de suas respectivas orientações de prevenção. Até janeiro, foram distribuídos 4 mil guias no litoral paulista, e o grupo de idealizadores do projeto pretende distribuir mais 10 mil até o final do ano em várias cidades brasileiras.
São quatro categorias: Bom Apetite (sinal verde), para espécies abundantes sem problemas de conservação ou cultivadas em cativeiro; Coma com Moderação (sinal amarelo), para espécies com abundância ameaçada devido à atividade pesqueira; Evite (sinal vermelho), para espécies próximas à extinção como resultado da pesca intensiva; e Não, Obrigado! (sinal preto), para espécies proibidas para consumo. Desta última categoria fazem parte o badejo-tigre, coração-anjo, caranha-vermelha, coiba-vermelha, mero, peixe-serra e a raiva-viola.
“Essas níveis de alerta demonstram que não temos a pretensão de proibir o consumo de pescado, e sim alertar para a necessidade de moderação. Nossas pesquisas mostraram que, se o consumo continuar nesse ritmo desenfreado, esses recursos podem acabar”, explica Carolina Bertozzi, professora de Oceanografia da Unimonte e uma das coordenadoras do projeto. “Nosso objetivo é unicamente informar e orientar os consumidores na hora da compra”, esclarece a professora.
No Brasil, 80% das principais espécies exploradas sofrem com a sobrepesca. Se a pesca supera a capacidade daquela espécie de repor a população, a quantidade de peixes diminui muito. Isso aconteceu com a sardinha, que quase desapareceu da costa brasileira. Hoje em dia, a produção de sardinha é dez vezes menor do que há trinta anos. Antes disponível em toda a costa brasileira, hoje só é encontrada nos litorais do Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Processo pacífico
O projeto do Guia levou três meses até que a informação chegasse à comunidade. De setembro a outubro, foram analisados estudos de espécies ameaçadas desenvolvidos por órgãos nacionais e internacionais, como o IBAMA, o Ministério do Meio Ambiente, o Instituto de Pesca de Santos, o Greenpeace, a WWF-Brasil e a União Internacional para Conservação da Natureza e Recursos Naturais (IUCN). No mês de novembro, um trabalho de campo cruzou os diversos estudos e em dezembro começou o trabalho de informação, distribuição dos guias e mobilização da comunidade.
“No início, tivemos receio de ser mal entendidos pela comunidade e principalmente pelos pescadores e comerciantes, cuja sobrevivência está diretamente ligada aos pescados. Mas, ficamos surpresos com a receptividade deles. Hoje, é possível encontrar guias colocados nos locais de venda e até em restaurantes para informar os consumidores” , conta Carolina.
Jorge Martins Coelho, pescador há 16 anos na Praia Grande, no litoral paulista, apóia a iniciativa. “Foi uma boa idéia criar esse guia, pois ele diz o que está realmente acontecendo. A gente sente isso todo dia, porque algumas espécies são cada vez mais difíceis de achar”, afirma Coelho. Ele alerta, entretanto, para a necessidade de intensificação da fiscalização. “Tem gente que não está nem ai, não pensa no amanhã, por isso acho que a fiscalização da pesca deveria ser maior”, acredita.
Segundo Eduardo Shimahara, diretor do Núcleo de Sustentabilidade e Inovação da Unimonte, a expectativa é fazer com que a publicação fomente o desdobramento de novos estudos acerca do tema e sirva como um direcionador para um consumo mais consciente e responsável de espécies de pescados. “Uma escolha mais sábia dos peixes a serem comprados e caçados, assim como das formas de pesca que prejudiquem o ecossistema, como o método de arrasto, figuram como um primeiro passo para que possamos colaborar no combate à degradação de nosso planeta”, afirma.
Veja a lista completa das espécies encontradas no Guia de Consumo Responsável de Pescados
Bom Apetite (Sinal Verde)
Abrótea (bacalhau brasileiro), agulha, atuns (bonito), betara (perna-de-moç a), bijupirá, cabrinha, camarão rosa, camarão branco, caranguejo vermelho, cioba vermelho, carapau, carapeba, carapicu, caratinga, cavala, cavalinha, corcoroca, dourado, peixe-espada, espadarte (meca), garoupa, guaivira, lulas, manjuba, manjubão, maria-luiza, mexilhão, miragaia, olhete, olho-de-boi, olho-de-cão, olhudo, ostra-de-mangue, ostra-japonesa, oveva, palombeta, pampo, parati, pirajica, prejereba, robalo, salema, salmonete, sarrão, savelha, sororoca, trilha, vieira, xaréu, xixarro.
Coma com Moderação (Sinal Amarelo)
Agulhão (vela), anchova (enchova), bagres, baiacu, batata, bicuda, barracuda bicuda, pescada-bicuda, camarão rosa e camarão branco (pesca extrativa), camarão sete-barbas, camarão carabineiro, caranguejo real, caranguejo vermelho, caranguejo de profundidade, castanha, congro, congrio, corvina, galo, garoupa (não de cativeiros), goete, guaiúba, lagosta, lagosta-sapateira, lagostim, pitu, linguados, mangangá, merluza, miracéu, mexilhão (coleta em ambientes naturais), namorado, pargo, paru, frade, peixe-rei, pescadas, polvo, porco, porquinho, peixe-porco, raias, emplastros, Arraias, sardinha, siri, tainha e vieira (coleta em ambientes naturais).

Evite (Sinal Vermelho)
Atuns (albacora), albacorinha, badejo, abadejo, cações ou tubarões, caranguejo-uç a, caranha, cioba (pesca extrativa), cherne, lagosta (durante o defeso), lagosta-sapateira (durante o defeso), lagostim e pitu (durante o defeso), ostra-de-mangue, peixe-lua, emplastro-borboleta e raia-emplastro.

Não, Obrigado! (Sinal Preto)
Badejo-tigre, cação-anjo, caranha-vermelha, cioba-vermelha, mero, peixe-serra e raia-viola.

terça-feira, 3 de março de 2009

Edital de concurso UFRRJ

Estão abertas as inscrições para Concurso Público de Provas e Títulos para ingresso na Carreira do Magistério Superior, na DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO.
As vagas são destinadas para os campi da UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO situados em NOVA IGUAÇU e SEROPÉDICA.

Maiores informações: www.ufrrj.br/concursos

Brasil adere a acordo de pesca em alto-mar

O Brasil tornou-se hoje o 38º Estado Parte do acordo da FAO para promover o cumprimento das medidas internacionais de conservação e gestão dos recursos pesqueiros em alto mar pelos navios de pesca.

Em cerimônia realizada na sede da FAO, em Roma, Itália, o ministro da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca do Brasil, Altemir Gregolin, depositou formalmente o instrumento de aceitação brasileiro.

Este acordo é um dos poucos instrumentos internacionais legalmente vinculadores que tratam das atividades de pesca em alto mar - fora das zonas econômicas exclusivas dos países. Os Estados Parte do Acordo devem tomar medidas ativas para assegurar que os navios de pesca com sua bandeira sigam práticas responsáveis de pesca em alto mar.

Em discurso, Gregolin disse que o Brasil se orgulha de ter participado ativamente de todos os processos de negociação dos instrumentos jurídicos internacionais em vigor com respeito às atividades de pesca e aquicultura e afirmou que o presente instrumento de aceitação representa a reafirmação do compromisso do governo brasileiro com a sustentabilidade da pesca em alto mar por meio do pleno exercício das responsabilidades, jurisdição e controle sobre os navios pesqueiros que levam a bandeira do país.

“Com a adesão de cada novo país ao acordo nos aproximamos da meta de garantir que cada barco que pesque em alto mar realize a atividade de forma responsável, assegurando uso sustentável dos recursos pesqueiros marinhos”, acrescentou o diretor-geral adjunto de Pesca da FAO, Ishiro Nomura. “Felicitamos a participação brasileira e esperamos que outros países sigam esse exemplo”.

A adesão brasileira aconteceu no marco da 28ª Sessão do Comitê de Pesca da FAO, que acontece em Roma. O encontro tem a participação de representantes de mais de 80 países que debaterão, entre outros temas, o relatório O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura (SOFIA) de 2008, divulgado hoje na sede da FAO.

Segundo o documento, as práticas de pesca responsável precisam ser mais utilizadas e os planos de gestão devem ser expandidos para incluir estratégias relacionadas à mudança climática.

“Ainda que nem sempre sejam aplicadas, as melhores práticas já colocadas no papel oferecem ferramentas claras e provadas para aumentar a resistência da pesca ao cambio climático”, afirmou Kevern Cochrane, um dos autores do estudo. “Portanto, a mensagem aos pescadores e às autoridades pesqueiras é clara: alinhem-se às boas práticas existentes, como aquelas incluídas no Código de Conduta para Pesca Responsável da FAO, e terão dado um passo importante para mitigar os efeitos da mudança climática”.

Situação na América Latina e Caribe

América Latina e Caribe é a região que apresenta a maior taxa de crescimento de produção da aquicultura no mundo. O crescimento médio anual da aquicultura na região foi de 22% entre 1970 e 2006, enquanto a média mundial foi de 8,8%. Segundo o SOFIA, isso é relevante porque é possível que já se tenha alcançado o máximo potencial produtivo dos recursos marinhos naturais e o futuro da produção deverá basear-se na aquicultura.

“A aquicultura é o setor da produção de alimentos de origem animal que cresce mais rápido e, pela primeira vez, pode abastecer a metade do total de pescado consumido no mundo”, acrescentou Jorge González, Oficial Principal de Pesca do Escritório Regional da FAO.

O SOFIA informa que o Chile é o segundo maior produtor de salmão do mundo, com 31% do total, e o sétimo maior produtor de pescados para consumo humano. Na última década, a produção total de salmão na América Latina e Caribe superou a de camarão, graças ao crescimento da produção chilena.

Em relação à Amazônia, o SOFIA observa que 60% das populações de peixes estão subexploradas e 30% estão sobre-exploradas ou em recuperação. “América Latina e Caribe têm um excedente de pescado, mas em geral sua população prefere comer carne vermelha. No entanto, parece provável que esse padrão de consumo se modifique lentamente, aumentando o consumo de pescado graças ao aumento dos canais de distribuição e a preferência crescente por alimentos saudáveis”, disse González.

De acordo ao SOFIA, em 2015, a população da América Latina poderá consumir 20% mais pescado que atualmente.

FAO apóia prática responsável no Brasil

No Brasil, a pedido da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP), a FAO está dando apoio metodológico ao governo brasileiro para adequar as atividades de pesca às normas internacionais de pesca responsável.

Mais informação (disponível em espanhol e em inglês)

Nota à imprensa da Sede “La pesca mundial necesita prepararse para el cambio climático”: http://www.fao. org/news/ story/es/ item/10343/ icode/

Documento “ O Estado Mundial da Pesca e Aquicultura (SOFIA) de 2008”: http://www.fao. org/docrep/ 011/i0250s/ i0250s00. htm

Pesca – Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe:
http://www.rlc. fao.org/es/ pesca/

Subcomitê sobre Aquicultura de la FAO: http://www.rlc. fao.org/es/ pesca/subco.

A equipe AOCEANO - Seção Regional Rio Grande do Sul
está a sua disposição para qualquer questão pelo email
aoceano.rs@aoceano.org.br